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domingo, 26 de junho de 2011

Testemunho - Dalva de Oliveira - Ex-Freira


Testemunho - Dalva de Oliveira - Ex-Freira

o video do testemunho ta la em baichoAos oito anos de idade comecei a estudar num colégio de freiras e eu admirava muito elas. Com 14 anos de idade eu já estava usando o hábito, como noviça.

Lá no convento, aprendíamos tudo sobre a vida dos santos. Eu gostava muito de ser considerada esposa de Cristo, mas; 
dele, nada aprendíamos.

Eu conhecia a vida de tantos santos e não conhecia a vida do meu esposo. Isto eu não entendia. E, passado um tempo tudo começou a ser terrível ali no convento. Eu estava sentada numa pedra, na gruta de Lurdes e ouvi uma voz a me chamar como se fosse uma amiga.

Quando me virei, a imagem da santa estendia suas mãos para mim repetindo 'Dalva, vem a mim'. Saí dali aterrorizada e corri para a madre superiora que tentava me convencer que eu havia tido uma ilusão. A leitura da Bíblia não era recomendada pois a madre superiora nos ensinava que ela era sagrada e, por isso, deveria ser lida apenas pelos padres.

E criei em mim uma curiosidade muito grande de saber o que havia nela. Certa vez, na missa de sexta feira da paixão, perguntei ao padre, capelão do convento, sobre o conteúdo da bíblia e por que aquela missa demorava tanto: começava às 21 e terminava à uma da madrugada. Ele nos dizia que procurava o aleluia na Bíblia.

Ele dizia que era uma gota do sangue de Jesus que mudava de página em página e que teria de ler enquanto essa gota não mostrasse o aleluia. Se o aleluia não fosse encontrado, o mundo acabaria. E nós ficávamos com medo e rezávamos muito para que o aleluia fosse achado e o mundo não acabaria.
Esse foi o motivo explicado para o sábado de aleluia. E um dia tive a oportunidade de folhear a bíblia. Fui designada para fazer uma limpeza na capela e peguei a que lá ficava e sentei-me no chão para procurar o pingo de sangue que o capelão nos falava. Fiquei horas ali e não achei. E, então, a madre superiora chegou e gritou comigo dizendo eu não deveria pegar na Bíblia. Foi um pecado.

Logo telefonou para o padre para vir me confessar. E o padre passou para mim a penitência de rezar 50 ave marias, 50 pai nossos, 50 credos e ato de contrição, durante 30 dias, além de ter o castigo de não almoçar nem jantar por três dias, ficando apenas com o café da manhã. Esta foi a minha penitência por pegar na Bíblia em busca de informações sobre o meu esposo Jesus. E aconteceu algo interessante ali no convento. Certa vez, eu e as meninas resolvemos brincar de esconde-esconde.
E escolhi me esconder num lugar que jamais me encontrariam. Me escondi atrás do altar. E quando, olhei bem, havia ali embaixo, um homem deitado, semi nu, com marcas de batom pelo corpo. Fiquei com muito medo e ele abriu os braços e tentou me segurar.

Aquele homem não era outro, mas o que na Igreja Católica o chamam de senhor morto que, durante a sexta feira da paixão, o colocam para ser beijado pelos fiéis. E saí dali gritando e as freiras me seguravam para me acalmar.

E o tempo passou e chegou o dia de eu fazer os votos perpétuos. Naquela noite teríamos que ficar em meditação até as dez horas da noite, rezando o ofício de Nossa Senhora, meditando no que seria as nossas vidas dali pra frente.

Porém, de repente, ouvi uma voz me chamar. Comecei a tremer de medo, fiquei arrepiada e procurei pensando que fosse alguma colega e não era. E, assim, na porta, da entrada da capela, bem no alto, tinha uma cruz muito grande com um Cristo preso a ela num tamanho natural de um homem.

E, quando olhei para aquele Cristo, ele que fica sempre com o rosto pendido para o lado, estava com a cabeça firme, erguida com os olhos piscando; mexia os dedos num jesto de chamar e dizia:´Olha para mim, vem cá!`

E comecei a gritar, e com muito medo a dizer que eu não queria ir para ele. E gritando desta forma, aquelas pinturas do rosto dele tornaram-se real, aquela marca de sangue no rosto dele também começou a jorrar e caia pelo chão e as freiras que vieram me socorrer passavam por baixo daquela porta e sujavam-se no sangue que escorria pelo chão.
E eu saía correndo, porque eu dizia ´Não me toque, sua mãos estão sujas de sangue` e elas me cercaram e me seguraram e esfregavam meu rosto no chão e diziam: ´veja que aqui não tem sangue`.Porém era real; eu via aquele sangue.

Elas não conseguiam ver. Algo sobrenatural e aterrorizador. E, então, a madre superiora me procurou para me informar que eu não poderia fazer os votos perpétuos. Ela dizia: ´Dalva, você não vai vestir o hábito de freira e vai passar um ano fora.
Se você melhorar , você terá outra oportunidade de fazer os votos.SEGUNDA PARTE Quando saí do convento, a madre superiora entrou em contato com minha tia para aconselhar que eu deveria ser analisada por um psiquiatra.

Por três meses estive me consultando com psicólogos e psiquiatras e eles constataram que eu não necessitava de tratamento. Segundo eles, eu não tinha nenhum problema mental. A psicóloga disse que meu problema era de ordem espiritual e nada podia fazer. E algumas coisas vieram a acontecer no nosso apartamento.

Pedrinhas e alfinetes eram jogados em mim, por onde eu passava. Até no banho isso acontecia. Era impossível que alguém estivesse jogando aquelas pedrinhas pois o nosso apartamento ficava no 20º andar.
E a empregada dizia que eram os guias que faziam isto. Os espíritos que jogavam as pedras e alfinetes e que eu precisava procurar um centro espírita para resolver . Ela até ameaçou pedir as contas se eu não buscasse ajuda lá. E fui ao centro espírita de mesa branca Allan Kardec, na Estrada dos Remédios.

O médiun, mentor, disse que quem fazia aquilo eram espíritos que não tomaram conhecimento que haviam morrido e sentiam-se donos do apartamento. E ele falou várias coisas, muitas mentiras que eu acreditava. E, no centro espírita, encontramos os espíritos que chamam de espíritos familiares.
Em Jó, na palavra de Deus nos diz que aqueles que descem à sepultura jamais voltam. Mas o diabo me ensinava a mentira sempre. Em Is 18:19 encontramos que não devemos consultar os mortos. Malditos são os que fazem isto. O que acontece é que , do mesmo jeito que Deus põe os anjos ao redor dos que o seguem, o diabo também põe seus demônios ao redor dos seus. Estes demônios, quando a pessoa morre, toma todas suas características para se passar pelo que morreu.

E, infelizmente, muitos acreditam que são os mortos que retornam. Ali, no espiritismo, passei 4 anos. Me transformei em serva do diabo. Dali, então fui encaminhada à ubanda. Lá incorporei demônios que pensava que eram espíritos. Fiz trabalhos em encruzilhadas, bebia sangue e participava de suas festas.

Após 5 anos de ubanda, eu já me desenvolvera muito naquelas práticas e me mandaram para um lugar mais forte. Me mandaram para o candoblé, para me consagrar ao diabo. Passei pelo roncór, mataram animais em cima do meu corpo e bebi sangue. Lá, no candoblé, o diabo se manifesta mais sem se disfarçar muito.

Ele nos leva a comer coisas imundas e chegamos ao mais baixo nível de higiene. Participei de festas e fiz trabalhos nas encruzilhadas.
O diabo havia me tirado todo sentimento. Meu coração ficou duro, frio. Eu que era rica, uma rica fazendeira de Alagoas, perdi tudo. Fiquei 7 anos aprendendo para ser mãe de santo. Em Arapiraca, abri meu primeiro terreiro.

Eu não tinha felicidade, chorava muito, escondida no meu quarto. E, então, procurei ingressar na magia negra. Na magia negra, ao acender uma vela, à meia noite, eu conversava com o diabo. Ele me aparecia em forma de um homem muito bonito e inteligente. Não é como muitos pensam. Perguntei a ele por que ele pedia tantas velas. Ele disse que não tinha luz nele e que ele não encherga sem as velas.

Onde uma vela se acende para ele, ele e os seus companheiros se reúnem. É bom esclarecer aqui que as velas acendidas quando se falta energia não tem mal algum. Só as que são consagradas a ele e acendidas para os mortos.

E continuei a perguntar ao diabo o seguinte: Por que aquelas imagens de escultura do convento se mexiam para mim e tentavam até me tocar? Ele deu uma gargalhada e me disse que era ele que ficava dentro ou atrás delas ouvindo os pedidos para depois tentar atende-los. Ao ser atendidas as pessoas o buscavam mais.
Quando alguém buscava nas imagens, na realidade estava buscando a ele sem saber. Três anos antes de aceitar a Jesus, eu acendi uma vela para um demônio chamado temposarar, bem no portão do candoblé. Foi quando passou um senhor que foi até a esquina e voltou e parou bem em frente ao portão e, em minha direção, e estendeu sua mão com o dedo para mim e disse: A mão de Deus está na sua cabeça.

Me assustei, ri e disse que Deus não se preocupava comigo, sou feiticeira. E ele disse que quando chegou na esquina, Deus lhe mandou dizer-me que Ele ia me tirar dali e tinha um grande plano para mim. Pensei que ele estivesse bêbado.

Continuei no candoblé. Mas, tive uma filha que foi acometida de muitas enfermidades e o médico me orientou a deixar todas as minhas atividades para me dedicar totalmente a ela. Tentei deixar o candoblé e não consegui pois o diabo não me deixou. Meu marido, que nascera num lar cristão, naquele período, resolveu se entregar a Jesus e, nos ciclos de oração, começou a orar por mim, para que Deus destruísse aquele domínio que o diabo tinha sobre mim. Ele ficou 15 dias em jejun e em oração.

E, no candoblé, aconteceu que todos começaram a se desentender e me deixaram só, uma mãe de santo abandonada sem ajudantes. E fechei o terreiro e fui para casa. E toda vez que meu marido ia ler a bíblia para mim o demônio se manifestava ou eu desmaiava por 3 ou 4 dias. Isso aconteceu por três meses sofrendo desta forma porém Deus começou a operar. E o diabo veio para mim e exigiu que eu fizesse um trabalho e ele ainda queria a vida da minha filha. Não aceitei. E minha filha piorava em doenças.

O diabo me chicoteava e meu corpo ficou como de uma leprosa. Quando cheguei no pediatra com minha filha, ele disse que quem precisava de tratamento era eu. As doenças de minha filha, quando eu chegava lá, eram escondidas por satanás.

E meu marido me lembrava que a Palavra adverte que os feiticeiros não entram no reino de Deus e aquela palavra me martelava na mente.

Ele deixava sobre a geladeira o endereço da igreja para que um dia eu fosse. E minha mãe, que era uma serva de Deus me lembrava que Jesus está voltando. E quando olhei para minha filha pude ver um demônio agarrado a ela com suas mãos e unhas enfiadas no seu pescoço. Resolvi correr com ela para a igreja.

Eu dizia, com ela nos braços: Jesus dos crentes, não deixa que minha filha morra. Ela estremecia pois o diabo estava tentando mata-la antes que eu chegasse na igreja. Entrei na igreja correndo e joguei minha filha no colo do pastor e pedi:

Ore por ela. Se o senhor tem poder, cure minha filha. Ele disse me que não tinha poder mas Jesus tinha. E o demônio fugiu daquela oração. Minha filha foi me entregue sorridente.

E o Espírito Santo tocou meu coração. E chorei copiosamente e as lágrimas se derramavam. E naquela noite, minha irmã, que era paralítica, andou. E eu tinha um demônio na minha perna em forma de câncer. Era, na realidade, uma legião.

E apareceu-me um monstro sobre mim que não queria me deixar e vi algo maravilhoso: uma mão a tira-lo de perto de mim. Pude ver que na mão havia uma marca de um cravo em sua palma. A mão que o homem disse ter visto sobre minha cabeça, eu tenho certeza. A mão de Jesus. E, ali, me entreguei a Ele e tive a oportunidade de sentir novamente uma alegria no meu coração
.


 
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